sexta-feira, 14 de outubro de 2016



INTRODUÇÃO

Procuramos pesquisar os tipos de influências causadas nas crianças pelos os desenhos animados, e se essas influências interfere no comportamento e como isso ocorre. Foi possível perceber também como os responsáveis por essas crianças reagem a essa influencia no comportamento.
 

1. JUSTIFICATIVA


O grupo escolheu o tema “Desenhos animados e sua influência comportamental na infância” pois está diretamente ligado às crianças, as quais todos os integrantes do grupo possui algum contato, mesmo que mínimo. Outro fator que influenciou na escolha do tema foi a curiosidade em comprovar que, se não todos, a maioria dos desenhos animados têm influências tanto positivas quanto negativas no comportamento das crianças, dependendo também do gênero do desenho. Para isso resolveu aprofundar no assunto e coletar dados para comprovar os verdadeiros fatos dessa influência ocorrida (ou não).

2. OBJETIVOS

O objetivo deste trabalho é identificar a influência dos desenhos animados na vida das crianças de Bauru e Pederneiras, verificar se essas influências, em sua maioria, são boas ou más, reconhecer a postura dos pais ou responsáveis em relação à situação e constatar as atitudes e posturas das crianças que sofrem/recebem a influência.

3. POPULAÇÃO E AMOSTRA

População


População de Bauru e Pederneiras


366.992 habitantes de Bauru.
44.498 habitantes de Pederneiras.

Total da população: 411.49 habitantes.


Amostra


150 habitantes distribuídos entre as respectivas cidades.


4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA



Texto 1

4.1 Desenhos animados: boa ou má influência


Os desenhos animados preparam a mente das futuras gerações para lidarem com os problemas de forma mais natural do que as gerações anteriores.
Na generalidade dos casos, as crianças começam a ver desenhos animados, a partir dos 2 anos. Aos 6 anos, 90% das crianças já são as clientes nº1 da televisão e entre os 6 e os 11 anos são as sit com que vão conquistando a sua atenção.
As crianças identificam-se, desde cedo, com desenhos animados, porque cada ação é destacada por efeitos sonoros particulares, que pretendem ajudar a sua compreensão e captar a sua atenção, pois como as crianças tão depressa estão atentas a uma coisa como de repente deixam de estar, o som vem ajudá-las a estar mais atentas. Esta dificuldade que a criança tem em estar atenta deve-se, na sua maioria, ao conteúdo dos programas, que muitas vezes não são totalmente compreensíveis para elas. As crianças conseguem captar apenas uma parte do que veem e, não compreendendo ações longas, as intenções e mensagens dos personagens escapam-lhes em parte.
Quando assistem a cenas de violência, por exemplo, é provável que concluam à sua maneira que “é o mais forte que tem razão“. Porém, há uma coisa que compreendem sem dificuldade – obtém-se o que se pretende quando se detém o poder.
Os primeiros desenhos animados de ação e aventura (e violência) que apareceram em Portugal, se bem me recordo, foram os Power Rangers, o Dragonball e o Pokémon, substituindo a Rua Sésamo e o Jardim da Celeste, entre outros. Muito provavelmente, estes desenhos animados ganharam muito mais atenção, pois na altura eram novidades e as crianças eram estimuladas para a aventura e também, de forma discreta, para identificarem o bem e o mal. Mas não será muito cedo para uma criança de 6 anos começar a perceber que o mundo não é perfeito?
Eu adorei a Rua Sésamo, o Jardim da Celeste, Era uma vez o corpo humano, e tantos outros que nos “convidavam” para o mundo da fantasia e com os quais eu podia ser uma criança bem formada, pois aprendia ao mesmo tempo. Mas mesmo eu fui influenciada pela novidade dos Power Rangers (principalmente), pelas cores que eles usavam, pelos monstros que derrubavam e pelas pessoas que salvavam. Eram os heróis e eu acreditava mesmo que eles existiam e queria ser como eles! É de notar que as crianças da geração dos Power Rangers imitam os movimentos das lutas ninja e batem em quem consideram mau, dando pontapés e murros. Os Power Rangers não só dizem aos miúdos que as lutas são aceitáveis, como também lhes dizem que as lutas resultam. Pesquisas efetuadas acerca destes desenhos animados afirmam que estes novos heróis não são modelos apropriados para as novas gerações, que são muito influenciáveis. Os Power Rangers são seres humanos atuais que vão à escola e têm, aparentemente, vidas normais. Pelo facto de serem reais e não cartoons animados como, por exemplo, o Super-homem, é grande a sua influência nas crianças que esperam poder ser exatamente como eles.
Poderão estes programas influenciar o comportamento das crianças?
Centenas de pesquisas, realizadas a partir dos anos 60 – estudos experimentais em pequenos grupos de crianças, bem como vastas investigações efetuadas em meios diversos, utilizando técnicas muito variadas, convergem na conclusão de que as crianças que vêem muita televisão são mais agressivas do que as que veem pouca, ainda para mais se estes desenhos animados forem violentos. Os espetáculos violentos não afetam apenas o comportamento da criança, como também as suas crenças e valores. No geral, as crianças que veem muita televisão temem mais a violência do mundo real e, em contrapartida, outras ficam insensíveis a essa violência, choca-as menos e reagem a ela com menor intensidade.
Estas demonstrações impressionam e afetam as crianças, pois sugerem-lhes que combater os vilões do mal, que tentam tomar conta do mundo, com técnicas ninja espetaculares é certo e dessensibiliza os mais novos acerca da violência, do choque e do terror de ver alguém a ser agredido.
A quantidade de violência presente nestes desenhos animados é consideravelmente mais elevada do que nos programas destinados a adultos em horários de grande audiência. Um estudo revelou que havia, em média, 26 atos de violência por hora nos programas infantis, apenas 5 nos programas dirigidos ao público em geral e 9 nos considerados Criança a ver tv impróprios para menores de 14 anos. Os desenhos animados “de ação e de aventura” relatam, de fato, “questões de poder”. Para nós adultos, estes programas infantis não têm “violência”, mas temos que olhar para a criança de 5/6 anos que os vai ver e absorver à sua maneira e pensar se vale a pena estar a sujeitá-la a tal.
É muito importante ter em conta que todos, enquanto pais, irmãos, tios, primos, vizinhos, temos que ter/dar atenção a estes desenhos animados e ponderar se vale a pena correr o risco de expor a criança a tal violência, analisando se é algo bom ou mau para o seu desenvolvimento no futuro, ou se é preferível deixar que a criança seja, de fato, criança, enquanto pode!

Comentário

Manter uma criança atenta a alguma atividade nunca foi uma tarefa fácil e os canais que transmitem desenhos animados reconhecem essa dificuldade e para conseguir esse feito utilizam de sons altos e músicas que mantém a atenção da criança presa a tela da televisão.
Os desenhos animados conseguem em sua maioria influenciar a criança a realizar algumas atitudes no cotidiano, e muitas dessas atitudes ela aprendeu enquanto assistia um desses programas. Durante essa fase da vida é normal que a criança se sinta atraída por desenhos com super-heróis e vilões se enfrentando para decidir quem vai vencer, porém os responsáveis devem sempre ficar atentos nos impactos do excesso de consumo desses programas, já que a criança não tem discernimento o suficiente para isso.

Texto 2

4.2 Como o desenho animado pode influenciar seu filho?



Ao analisar os desenhos animados veiculados, durante uma semana, por seis emissoras de TV aberta no Brasil, a Organização das Nações Unidas (ONU) constatou, em 1998, que, a cada 60 minutos, 20 crimes eram exibidos – a maioria apresentava situações de lesão corporal e homicídio. Em apenas uma semana, a televisão veiculou imagens de 1.432 atos de violência. Isso sem contar as situações de preconceitos raciais e sexuais.
No mesmo ano, o Ministério da Justiça ouviu duas mil famílias sobre a qualidade da programação da TV. De cada 100 pais, 80 acreditavam que a televisão exercia forte influência na formação dos seus filhos, sendo que para 41% deles esta influência era negativa.
Mas será que essa influência precisa ser sempre negativa? O Laboratório de Pesquisa sobre Infância, Imaginário e Comunicação, ligado à Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), realizou o estudo “Desenho animado na TV: mitos, símbolos e metáforas” e concluiu que os desenhos podem ser eficiente instrumento pedagógico para transmitir valores éticos e morais. E mais: que eles deveriam ser incorporados ao dia-a-dia das escolas e da família para promover discussões e reflexões entre crianças e adolescentes. Afinal, inegavelmente, os desenhos animados agradam, divertem e exercem influência na vida e no comportamento de crianças e jovens, que assistem por horas a fio à programação de TV. O debate é amplo e instigante.

Veja a opinião de três especialistas:

Rui de Oliveira – Ilustrador e animador de cinema.

"Diante das séries de desenhos animados, seria realmente uma ingenuidade não admitir os aspectos ideológicos e colonizadores destas séries. Elas não são inteiramente inocentes. Do ponto de vista da propaganda etnocultural, nada se equipara ao anime, cinema de animação japonês, com sua parafernália de bonecos e jogos eletrônicos, encobertos por conceitos superficiais de amizade, heroísmo ativista e frases espiritualistas. Trata-se de um conto de fadas pervertido e glamourizado pela tecnologia. Só mesmo muita ingenuidade para não perceber a face dura e liberal de uma nova forma de ditadura: a cultural. As festas de Halloween e suas abóboras desdentadas, por exemplo, não ficaram populares no Brasil, entre as crianças de classe média, apenas pela presença dos cursos de inglês. Na realidade, sua difusão ocorreu, principalmente, em virtude das séries de desenhos animados americanos na televisão brasileira."

Elza Pacheco – Coordenadora do Laboratório de Pesquisa sobre Infância, Imaginário e Comunicação (Lapic), da USP.

"A criança não é boba. Ela sabe exatamente que os desenhos são uma cópia da realidade. E de forma nenhuma os cartoons chegam a influenciar negativamente o seu comportamento, salvo raras exceções. Fiz um estudo e concluí que as crianças gostam de desenho animado, pois, por meio dele, elas desafiam as regras que o adulto lhe impõe no seu dia-a-dia e substituem o tempo métrico, que é real, pelo tempo psicológico que lhe permite libertar-se da gravidade, ficar invisível, e, assim, comandar o universo por conta própria. Os desenhos animados refazem mitos, símbolos e metáforas que atingem a subjetividade das crianças, auxiliando-as a solucionar seus conflitos internos por meio de narrativas que tratam do nascimento, da vida, da morte, do mocinho e do bandido."

José Inácio Parente – Psicólogo e produtor cultural

"Existe história mais violenta do que a de um casal que abandona os filhos, João e Maria, na floresta para morrer de fome até serem presos por uma bruxa que os quer comer fritos? E a Branca de Neve e a feiticeira? E a Cinderela abandonada às cinzas, Rapunzel presa na torre ou a Bela Adormecida dormindo por anos a fio à espera de um príncipe encantado? E a história de um lobo mau que come as crianças com disfarces de vovozinha? As crianças não se cansam de ouvir essas histórias. Curiosamente os contos de fadas e anjinhos amorosos, lindos como um jardim florido com pássaros, nunca prenderam a atenção de ninguém. Creio que a influência dos desenhos animados depende, de um lado, do meio familiar, escolar e da comunidade em que vive a criança. De outro lado, da saúde psicológica de cada um. Crianças e adolescentes saudáveis podem ter benefícios psicológicos de filmes, desenhos e jogos com trama violenta ou de sexo, desde que tenham um ambiente e uma comunidade também saudáveis. Uma coisa é certa: a exposição excessiva às cenas de sexo, violência e morte trazem uma inevitável banalização do amor e da vida, tanto no adulto quanto nas crianças, uma banalização que nos defende do sofrimento e do medo, mas também nos dessensibiliza."

Comentário

Os desenhos animados desde muitas décadas atrás trazem uma influência negativa sobre a vida das crianças, elas criam um mundo imaginário em suas cabeças pensando como se ele fosse real mais na verdade não passa de um conto de fadas, e muitas vezes os pais não percebem a maldade que esta envolvida por trás de um desenho animado, além de trazer mudanças no comportamento de algumas crianças não só no seu modo de ser, alguns desenhos animados mostram um jeito agressivo que acaba influenciando no comportamento dos pequenos depois.


Texto 3

4.3 As crianças e a violência na televisão



Ana Lúcia de Oliveira Morais

4º Ano do Curso de Comunicação Social


1– CARACTERÍSTICAS DA VIOLÊNCIA NOS MEDIA
1.1- A MENSAGEM DOS MEDIA
Há uma ligação óbvia entre a ocorrência de violência na Sociedade e a tematização e representação da mesma nos media. Mas qual a natureza da ligação? Que causalidade é envolvida? Os media espelham simplesmente a violência real da sociedade? Ou causam-na e contribuem para ela?
Uma mensagem preocupante que a Televisão nos vende progressivamente é a de que a violência é aceitável. A Televisão diz que a violência é trivial, lugar-comum, de todos os dias, mundana. Faz parte da vida, é normal. É parte da nossa cultura moderna. E também pode ser divertida (de uma forma doentia e irônica).
A Televisão também ensina algo ainda mais corruptível – que a inteligência está fora de moda e que a força bruta é que está a dar. A moralidade está ultrapassada. As polícias são estúpidos e os criminosos é que são os espertos. Há uma selva lá fora, envolvendo homens, mulheres e crianças e, no entanto, está tudo bem.
Vivemos numa era de crimes progressivos de violência contra pessoas e propriedades, desde o abuso de crianças a esposas (ou maridos), violência nos jogos de futebol, vandalismo contra idosos ou outras pessoas indefesas por um simples punhado de moedas.
A Televisão é simplesmente a nossa maior influência. Muitos jovens praticaram milhares de crimes representados na Televisão quando atingiram a idade de 18 anos. Não é despropositado assumir, fazendo um balanço de probabilidade, que esta preocupação com a violência está intimamente ligada a efeitos prejudiciais.

1.2- O IMPACTO DAS CENAS VIOLENTAS
A violência na Televisão é enfeitiçadora e memorável. Uma cena que dura apenas alguns segundos – transmitida numa pequena parte de um programa – pode ser recordada a longo prazo mais do qualquer outra cena da história. A violência possui uma mensagem muito contagiosa e produz frequentemente um efeito direto.

As crianças imitam frequentemente as cenas violentas dos filmes.

As crianças imitam o que veem. Elas transformam isso em jogos, magoando outras crianças. A violência brutaliza. Torna as pessoas rudes e deprime os outros. O seu impacto é aniquilador e corruptível. A violência na Televisão não é só agressão infantil física ou verbal, tal como bater em alguém. Ela representa formas diretas e sérias de agressão. Por exemplo, disparar um revólver sobre alguém, atacar uma vítima com uma faca, atear fogo num edifício, cortar alguém com uma garrafa partida são cenas drásticas produzidas para dar efeitos visuais.

A arma de fogo é um dos instrumentos mais presentes nos filmes de violência.

Alguns produtores de Televisão, diretores de filmes, riem das preocupações acerca da violência. Dizem: "É realista. Reflete a realidade. É o que os espectadores querem. Não precisa de ver isso, precisa? Pode sempre desligar o televisor".
Mas não se tem muita escolha, principalmente quando estas cenas não são esperadas. Não se compra um televisor para mantê-lo desligado. Não se pode “desligar” a mente ou abster-se de algo desagradável que está a ser transmitido a cada momento. Os pais não podem estar presentes a todo o instante para assistir com as crianças aos programas infantis durante as horas que elas dispõem, nem devem.

2- OS DESENHOS ANIMADOS
Em geral, as crianças começam a ver Desenhos Animados aos dois anos. Aos 6, aproximadamente, 90% das crianças já são clientes habituais da Televisão. Entre os 6 e os 11 anos são as situation comedies (sit com) que vão conquistando os seus favores.
As crianças mais novas veem os desenhos animados porque eles são “codificados” de uma forma nítida, isto é, cada ação é sublinhada por efeitos sonoros particulares, que visam ajudar a sua compreensão e captar a sua atenção. E, como a atenção das crianças tem dificuldade em fixar-se, os códigos sonoros vêm ajudá-las a estar atentas.
Na maior parte do tempo, se a atenção das crianças tem dificuldade em fixar-se é porque o conteúdo dos programas não lhes é totalmente compreensível. As crianças captam apenas uma parte do que veem. Não conseguem compreender as sequências longas; as motivações e intenções dos diferentes personagens escapam-lhes em parte. Mas, sobretudo, não são capazes de fazer deduções nem de compreender o que está implícito.
Quando assistem a cenas de violência, por exemplo, é provável que incluam à sua maneira que “é o mais forte que tem razão”. Em contrapartida, têm dificuldade em compreender as mensagens mais subtis e em perceber que certas ações são mais justificadas do que outras. Inversamente, compreendem sem dificuldade que se obtém o que se pretende quando se detém o poder. Esta mensagem é ainda mais marcada nos Desenhos Animados “de ação e de aventura”, que substituíram os espetáculos gravados em direto que, numa determinada época, constituíram os programas destinados às crianças. Demonstrou-se amplamente que a quantidade de violência presente nestes era consideravelmente mais elevada do que nos programas destinados a adultos em horários de grande audiência. Um estudo recente revelou que havia, em média, 25 atos de violência por hora nos programas infantis e apenas 5 nos programas de grande audiência. Os desenhos animados “de ação e de aventura” relatam, de facto, “questões de poder”.
Influenciarão estes programas o comportamento das crianças? Centenas de pesquisas, realizadas a partir dos anos 60 – estudos experimentais em pequenos grupos de crianças, bem como vastas investigações efetuadas em meios diversos, utilizando técnicas muito variadas –, convergem na conclusão de que as crianças que veem muita Televisão são mais agressivas do que as que veem pouca. Os espetáculos violentos não afetam apenas o seu comportamento, mas também as suas crenças e valores. Por exemplo, em geral, as crianças que veem muita Televisão temem mais a violência do mundo real. Em contrapartida, outras ficam insensíveis a essa violência; choca-as menos e reagem a ela com menor intensidade.
Por outro lado, os programas destinados às crianças apresentam os homens e as mulheres em papéis estereotipados, acabando as crianças que estão habituadas a passar horas em frente à Televisão por reproduzir esses esquemas.
Existem alguns Desenhos Animados, cujos conteúdos são altamente violentos. Deste tipo encontram-se o "Dragon Ball", o "Pokémon" e os "Power Rangers".
O Dragon Ball trata da história de uma personagem, o Songoku, que tem como missão lutar contra os seres do mal, que pretendem invadir a Terra ou destruir outros planetas. Esta personagem, bem como os seres do mal são dotados de força e possuem poderes sobrenaturais.
Antes do confronto entre as personagens do bem e do mal, a personagem principal, Songoku, terá de fazer treinos, que consistem em lutas marciais, para melhor poder enfrentar as personagens más. Nas lutas, os poderes sobrenaturais e a força são frequentemente evidenciados. Depois de passar grandes dificuldades, o bem triunfa sempre sobre o mal.
Cada vez que é derrotado o personagem mau, Songoku terá pela frente uma batalha ainda mais difícil, pelo que a sua preparação terá de ser cada vez mais cuidada. Assim, como se pode verificar a destruição do mal passa por um ambiente de lutas e de poder e é nisto que consiste basicamente a história do Dragon Ball.
Em relação ao "Pokémon", poder-se-á dizer que os pokémons são pequenos monstros que habitam a ilha de Pokémon. Têm ataques especiais e mágicos que podem usar contra os seus adversários numa luta de pokémons. A história começa quando um rapaz de 10 anos chamado Ash Ketchum da cidade de Pallet recebe o seu primeiro pokémon, sendo o seu grande sonho tornar-se o melhor treinador de pokémons do mundo!
Ainda em relação a estes Desenhos Animados, encontramos um site na Internet cuja introdução alertava as crianças para não imitarem quaisquer das cenas retratadas no "Pokémon", o que leva a crer tratar-se de Desenhos Animados um tanto perigosos para algumas das mentes mais sensíveis das crianças.
Por fim, os "Power Rangers" consistem na história de um grupo de 5 adolescentes que foram incumbidos da tarefa de proteger a Terra das ameaças de extraterrestres do Espaço. Estes adolescentes usam dispositivos conhecidos como Morphers, que lhes dão energia para se transformarem em Power Rangers.
As crianças são cativadas pela fantasia das lutas ninja e pelo poder dos protagonistas. Os Power Rangers tem como função salvar a Terra dos vilões do mal. Quando algo falha, estes juntam-se para formar máquinas de combate ainda mais poderosas. Em cada episódio os Rangers estragam os planos ao inimigo e tornam-se como heróis para as crianças.
Pesquisas efectuadas acerca destes Desenhos Animados afirmam que estes novos heróis não são modelos apropriados para as novas gerações, que são muito influenciáveis. Os Power Rangers são seres humanos atuais que vão à escola e tem, aparentemente, vidas normais. Pelo facto de serem reais e não cartoons animados como, por exemplo, o Superhomem, é grande a sua influência nas crianças que esperam poder ser exactamente como eles.
As crianças da geração dos Power Rangers imitam os movimentos das lutas ninja e batem nos rapazes que consideram maus, dando pontapés e murros. Os Power Rangers não só dizem aos miúdos que as lutas são aceitáveis, como também lhes dizem que as lutas resultam.
Estas demonstrações impressionáveis afetam as crianças em idades igualmente impressionáveis. Não só sugere às crianças que combater os vilões do mal, que tentam tomar conta do mundo, com técnicas ninja espetaculares é certo, como também dessensibiliza os mais novos acerca da violência, do choque e do terror de ver alguém a ser agredido.
Havendo crianças a tornarem-se dessensibilizadas da violência física em idades precoces da sua vida, elas começam a desenvolver uma tolerância a esse tipo de violência e precisarão de cada vez mais violência para serem entretidas.

3– OS JUÍZOS MORAIS DAS CRIANÇAS EM RELAÇÃO A PERSONAGENS DE TELEVISÃO
3.1- A SIMPATIA OU A REPULSA PELAS PERSONAGENS
Um estudo levado a cabo por cientistas concluiu que, em Televisão, o grau de moralidade de determinada ação depende de quem a realiza: uma conduta é julgada moral ou imoral conforme é tida por uma personagem que se admira ou de quem se gosta ou por uma personagem antipática e de quem se desconfia. Assim, as reações que, normalmente, seriam entendidas como “imorais”- chantagem, homicídio, arrombamento, etc.- tornam-se aceitáveis se são realizadas por alguém que goza da simpatia do público.
Sendo assim, uma ação é considerada moral ou imoral em função de quem realiza, e não do que é realizado. Os valores morais da Televisão são veiculados pelas personagens. Há os bons e os maus; os bons não podem fazer mal; os maus não podem fazer bem. Estas simplificações afiguram-se nos familiares; é a visão moral de uma criança de 5 anos.
No que diz respeito aos Desenhos Animados, uma grande quantidade de violência, presente neste tipo de programas, afeta de forma bastante significativa as crianças. E esta influência pode acompanhá-las até uma idade muito avançada e, mais tarde, levar a uma confusão acerca da violência. As crianças podem ser levadas a pensar que se magoarem ou matarem alguém essas pessoas regressarão à vida. E que se baterem em alguém com um objeto, como acontece nos Desenhos Animados em que as suas personagens favoritas levantam-se e continua tudo bem, essas pessoas não ficarão magoadas.

3.2- OS AUTORES DE ATOS AGRESSIVOS E AS VÍTIMAS
Nem todos as personagens autores de agressão incluem as características necessárias para serem vistos como modelos. Segundo Bandura (1994), os personagens atrativos têm mais probabilidade de funcionar como modelos e as pesquisas neste domínio têm mostrado que a atratividade de um modelo é maior quando se trata de um herói, quando o seu comportamento pode ser visto como altruísta e quando possui características sociodemográficas semelhantes às do espectador. Estes fatores facilitam a identificação dos espectadores com os personagens, e a identificação facilita a desinibição da agressão.
Enquanto as características dos autores de atos agressivos são importantes como mediadores da aprendizagem e facilidade da agressão, as características das vítimas são importantes para a compreensão dos efeitos da violência na televisão a nível da construção do medo e do sentimento de insegurança. Quanto maior a atratividade da vítima, o seu altruísmo, o seu carácter heroico e a presença de outros fatores que facilitam a identificação, maior a probabilidade de os espectadores partilharem as experiências emocionais das vítimas e, consequentemente, desenvolverem um sentimento de vitimação e medo.

4- EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS DO VISIONAMENTO DE VIOLÊNCIA TELEVISIVA NAS CRIANÇAS

4.1- O PROCESSO DE IMITAÇÃO
Inúmeros estudos e investigações têm sido realizadas sobre o problema dos efeitos das mensagens violentas pelos mais media, particularmente a Televisão, sobre as crianças. Na realidade, as crianças fazem parte do público mais assíduo dos programas televisivos onde, tantas vezes, são projetados filmes que tomam a violência como um lugar comum. Se analisarmos essas cenas de violência, física ou moral, veiculada pelos filmes, em emissões televisivas e notícias jornalísticas, bem como o tempo médio que as crianças consagram a esses espetáculos,

poder-se-á concluir que estas sofrem a influência da violência difundida nas mensagens.
A Televisão constitui um objeto de culto para as crianças. Está cada vez mais a substituir o papel dos pais. É uma espécie de "babysitter" eletrônica que desperta a atenção da criança, acalmando a sua impaciência e irritabilidade.
A questão fundamental que se põe a partir desta realidade é saber, afinal, se a violência contida nas mensagens veiculadas pelos meios de comunicação social terá de fato um efeito negativo no comportamento das crianças.
As crianças utilizam o televisor para se divertirem e não para se instruírem. À medida que vão contactando com este poderoso aparelho, vão interiorizando modelos de comportamento e mesmo valores que tendem a imitar. Este fato pode tornar-se perigoso pelo simples fato de a criança não ver na Televisão o seu próprio mundo nem mesmo uma representação real do mundo que a rodeia.
As crianças imitam muitas vezes cenas de violência que veem na Televisão nos seus jogos com resultados catastróficos. Vendo atos de agressão, as crianças aprendem a ser agressivas das mais variadas formas, retirando conclusões sobre o fato de se ser agressivo trazer recompensas. Crianças que veem personagens de Televisão a conseguirem o que querem através da violência estão mais aptas a imitar esses comportamentos.
Pesquisas revelam que as crianças, principalmente aquelas que se encontram em situação de “risco”, têm desenvolvido patologias, tendo surgido diversos fenômenos mórbidos tais como obesidade ou anorexia nervosa, atividade cerebral prejudicada, problemas profundos na linguagem, impossibilidade de se deslocar no espaço real, agressividade, alcoolismo, drogas. Os homicídios no meio escolar também estão relacionado à Televisão.
Outras demonstram que o visionamento de programas violentos está relacionado com o papel menos imaginativo e mais imitativo, no qual a criança simplesmente imita, através de gestos, atos agressivos observados na Televisão. Além disso, muitas produções dos media que regularmente retratam violência, também promovem brinquedos baseados em programas, os quais encorajam as crianças a imitar e reproduzir, nas suas brincadeiras, comportamentos vistos na Televisão ou nos filmes. Nestas situações, o papel imaginativo e criativo das crianças é debilitado, roubando, por isso, às crianças os benefícios de um desenvolvimento eficaz. A publicidade baseada em brinquedos cria nas crianças um desejo insaciável de possuir este tipo de produtos. Estas começam a acreditar que serão incapazes de brincar sem os suportes específicos vistos na Televisão.
Assim, no seu comportamento, as crianças imitam estas personagens reforçadas de comportamentos agressivos e ensaiam as palavras destas, sem qualquer pensamento criativo ou reflexivo. Crianças que observam repetidamente nos media comportamentos violentos ou agressivos para resolver problemas tendem a ensaiar o que veem e imitar esses comportamentos em conflitos da vida real.
Em resumo, crianças que são espectadoras assíduas de violência nos media aprendem que a agressão é um meio bem-sucedido e aceitável para atingir fins e resolver problemas; ficam menos aptas a beneficiar de desempenhos criativos e imaginativos como meios naturais de exprimir sentimentos e tornam-se crianças mais irritadas.
A apresentação da violência pode provocar violência. Quanto mais frustrada ou descontente se sente a criança quando assiste a atos de violência no écran, tanto mais corre o risco de cometer um ato de agressão. As probabilidades aumentam se a violência à qual assiste aparece como justificada, ou seja, se o “bom” ataca o "mau". Quanto mais inesperada for a violência, tanto mais age sobre o espectador, sem o levar necessariamente a um ato de agressão e quanto mais vezes a violência aparecer sob a forma facilmente imitável, tanto mais incitará a imitação.

Rapaz segurando uma arma de brincar enquanto vê os Desenhos Animados.

A nível televisivo, poder-se-á falar de efeitos de violência auditiva, visual e verbal. As crianças têm medo, como um efeito imediato muito frequente, causado pela apresentação da violência nos meios de informação. O mesmo se passa com a violência verbal. Os barulhos violentos, quer sejam ou não acompanhados de imagens violentas, podem provocar um choque nervoso.
A maneira de apresentar a violência (cena realista, grandes planos), o fato de se desencadear num contexto conhecido pela criança ou em condições inesperadas aumentam o risco de traumatismo (fadiga psíquica, nervosa, pesadelos e insônia).
Poderá também ter efeitos a longo prazo. Há tanta razão para nos preocuparmos com as crianças que não ficam assustadas com a violência como as que ficam.
Estudos americanos têm confirmado um aumento notável no número de atos violentos direcionados a crianças. Tem havido um aumento da quantidade e severidade de atos violentos observados pelas crianças através dos media, incluindo os filmes de Televisão, jogos de computador e vídeos e um aumento da manufatura e distribuição de armas e brinquedo e outros produtos diretamente ligados à programação violenta. A NAEYC, uma organização americana que lida com problemas infantis, acredita que a tendência em direção ao aumento da representação de violência proveniente dos media põe em risco o desenvolvimento saudável de grande número de crianças americanas.

4.2- OS EFEITOS DO VISIONAMENTO DE VIOLÊNCIA NA TELEVISÃO
É de salientar que muita da violência é vista em programas “realistas” e de Desenhos Animados, mas os cientistas sociais têm mostrado que em todas as formas de programação violenta há três possíveis efeitos do visionamento de violência na Televisão: as crianças podem tornar-se menos sensíveis à dor e ao sofrimento dos outros, são capazes de ter mais receio do mundo que as rodeia e têm mais tendência a comportarem-se de uma maneira agressiva e prejudicial em relação aos outros.
As crianças podem desenvolver pontos de vista distorcidos da sociedade, porque mulheres, jovens e idosos não aparecem no écran como se nos apresentam na vida real. Tópicos como o abuso de drogas, alcoolismo e sexo podem criar na criança uma atenção mais precoce do que se previa.
Estudos americanos, no que diz respeito aos efeitos, utilizam os seguintes termos:

Efeitos Diretos;
Dessensibilização;
Síndroma do mundo “mesquinho”.
O processo dos Efeitos Diretos sustenta que crianças e adultos que veem uma grande quantidade de Televisão podem tornar-se mais agressivos e/ou desenvolver atitudes e valores favoráveis ao uso da agressão para resolver conflitos. As crianças copiam frequentemente personagens e comportamentos e conseguem lembrar-se de maneiras agressivas de vencer, provenientes da Televisão, usando-as em situações posteriores.
O segundo efeito, Dessensibilização, diz que as crianças que veem uma grande quantidade de violência na Televisão podem tornar-se menos sensíveis ao mundo real, menos sensíveis à dor e ao sofrimento dos outros e mais predispostas a tolerar os níveis cada vez maiores de violência na nossa sociedade. As crianças não se apercebem que as ações violentas podem magoar alguém ou elas próprias. Podem, também, não mostrar sensibilidade quando outras são magoadas ou estão aflitas e consideram a violência algo normal, porque toda a gente o faz.
O terceiro efeito, o Síndroma do Mundo “Mesquinho”, sustenta que crianças ou adultos que veem uma grande quantidade de Televisão podem começar a acreditar que o mundo é tão mesquinho e perigoso na vida real como na Televisão e, por isso, começam a ver o mundo dessa forma. As crianças podem adquirir medo de serem roubadas, esfaqueadas, mutiladas ou alvejadas, o que as impede de fazerem certas coisas. Podem recear que a sua família possa ser magoada por situações que elas veem nos boletins informativos, tais como incêndios, terramotos massacres familiares. Podem, ainda, ter problemas de sono, depois de verem imagens de fogos, roubos noturnos e mortes.
De salientar que pesquisas efetuadas suportam os três tipos de efeitos já mencionados e cada um pode operar independentemente do outro.



5- FATORES MODERADORES DOS EFEITOS DA VIOLÊNCIA NA TELEVISÃO
Uma vez que muitos dos estudos sobre os impactos da violência filmada foram realizados com crianças e que os Desenhos Animados ocupam um largo espaço na programação infantil, os investigadores quiseram saber se este tipo de programas teria mais ou menos impacto do que filmes com personagens reais. Bandura, em 1963, concluiu que um modelo “tipo desenho animado” não tinha menos impacto que modelos "realistas" filmados ou com presença ao "vivo". Numa revisão de literatura realizada por Hapkiewicz (1977) constata-se que os estudos sobre esta questão não permitem concluir se os Desenhos Animados podem ou não ter mais impacto do que os "filmes realistas". A questão parece, assim, residir não na "natureza" (desenhos animados ou personagens humanas) do filme, mas na sua percepção como realista ou não, na atractividade dos heróis e na semelhança percebida entre o herói e o espectador.

5.1- A VIOLÊNCIA JUSTIFICADA E INJUSTIFICADA
O significado justificado ou não da violência exibida foi desde cedo considerada uma variável crítica na moderação dos efeitos da violência filmada: a violência apresentada como justificada (retaliação ou auto-defesa) apresenta mais impactos do que a violência não justificada (Berkowitz e Geen, 1967). Uma revisão de literatura envolvendo cerca de duzentos trabalhos sobre esta questão viria a confirmar a solidez dos resultados iniciais (Paik e Constock, 1994). Da mesma forma, a violência moralmente justificada (por exemplo, um herói que agride alguém para proteger um terceiro) tem efeitos de desinibição da agressão (Jo e Berjkowitz, 1994). Note-se, no entanto, que alguns estudos parecem mostrar que a violência injustificada provoca mais medo do que a violência justificada - aquela que é usada para proteger outra pessoa ou a restituição pelo dano causado - (Bryant et al.,1981). Assim, enquanto a primeira terá efeitos na construção paranoide do mundo, a segunda terá efeitos sobre a aquisição de respostas agressivas.

5.2- A INTERPRETAÇÃO MORAL DAS CRIANÇAS ACERCA DA VIOLÊNCIA TELEVISIVA JUSTIFICADA E INJUSTIFICADA
Pesquisas efetuadas acerca dos efeitos dos media concluíram que crianças que veem violência proveniente de ficção consideram a violência justificada como menos injusta, ao passo que as crianças que veem uma grande quantidade de violência real consideram a violência justificada com mais injusta.
Como já foi referido, a exposição à violência na Televisão pode resultar num comportamento agressivo, pois as crianças tendem a imitar os atos violentos visionados nesta. Além disso, tornam-se menos sensíveis à violência, adquirindo uma concepção do mundo como um lugar medíocre e assustador.
No entanto, alguns críticos encontram-lhe outros defeitos mais subtis: a violência na televisão é um fator causal na diminuição dos raciocínios morais nas crianças (entenda-se por raciocínio moral a capacidade das crianças para fazer escolhas éticas quando confrontadas com dilemas morais e a capacidade de articular razões para essas escolhas). Não quer isto dizer que a Televisão impeça totalmente o desenvolvimento de uma formação moral na criança.
No que diz respeito à exposição à violência televisiva é mais provável que esta afete de forma mais intensa os julgamentos morais das crianças acerca de situações reais que sejam semelhantes às que elas veem na Televisão (por exemplo, retardando a sua capacidade de julgamento moral).

5.3- AS PROBABILIDADES DE APRENDIZAGEM DE COMPORTAMENTOS VIOLENTOS
A recompensa ou punição dos personagens autores de agressões tem, naturalmente, efeitos diferentes na aprendizagem e imitação da agressão. Como mostrou Bandura (e.g. 1986), a probabilidade de aprendizagem de um comportamento reforçado positivamente é maior do que a de um comportamento do mesmo tipo que é punido, sendo que a ausência de punição é percebida como uma recompensa (Walters e Parke, 1964). A pesquisa tem mostrado que a violência que não é claramente punida não só tem efeitos sobre a aprendizagem da normatividade dos comportamentos agressivos, como provoca mais medo e ansiedade (Bryant et al.,1981).
A gravidade das consequências da violência exibida foi também estudada. Pode concluir-se, das pesquisas realizadas, que as imagens violentas que mostram elevado sofrimento da vítima e as consequências graves de tal tipo de comportamentos produzem ansiedade nos espectadores e menor probabilidade de imitação (e.g. Baron, 1971). A "violência feliz" (Gerbner, 1992), as imagens violentas que não mostram o sofrimento das vítimas e a gravidade das consequências da agressão, ou ainda aquelas que não mostram a vítima, são mais facilmente imitadas.

6- CONCLUSÃO

A prevalência da violência na sociedade é um problema complexo que não será resolvido facilmente. Investigadores referem constantemente que a violência nos media é apenas uma manifestação do grande fascínio da sociedade pela violência. Contudo, a violência nos media não é apenas um reflexo da violência na sociedade, é também um contributo. Se a nossa nação deseja produzir gerações futuras de adultos produtivos que rejeitem a violência como um meio de resolver problemas, temos de reafirmar o papel vital do Governo em proteger os seus cidadãos mais vulneráveis e, juntos, trabalhar para que os media façam parte dessa solução.

Comentário

Esse texto relata de forma detalhada as consequências da exposição das pessoas à violência diária que passa na televisão e como isso pode prejudicar a saúde mental e gerar problemas psicológicos e comportamentais. Os principais afetados retratados no texto são as crianças que são constantemente expostas a essa violência nos desenhos animados que assistem e muitas vezes os pais não tem controle sobre isso. Estudos foram realizados para se aprofundar no assunto e vários especialistas lançaram teses sobre isso confirmando que existe uma influência dos desenhos no comportamento das crianças quando as mesmas têm costume de assistir por muito tempo TV, programas de “ação e aventura” sendo diversas vezes os mais apontados quando se fala em incentivo a violência. 


5. QUESTIONÁRIO


1- Qual a idade da(s) criança(s)?

( ) De 0 a 3 anos

( ) De 3 a 6 anos

( ) De 6 a 9 anos

( ) De 9 a 12 anos

( ) Acima de 12 anos


2-
Qual seu grau de parentesco com a(s) criança(s)?

( ) Pai/Mãe ou Responsável

( ) Irmã(o)

( ) Familiar

( ) Professor

( ) Outros


3-
Qual sua idade?

__________

4-
A criança na qual você tem contato assiste desenhos animados?

( ) Sim

( ) Não


5-
Que tipo de desenhos animados ela/ele assiste?

( ) Ação

( ) Aventura

( ) Ficção Científica

( ) Educativos

( ) Outros


6- Quantas horas por dia a criança assiste desenhos animados?

( ) Menos de uma hora

( ) De uma a duas horas

( ) De duas a quatro horas

( ) De quatro a seis horas

( ) Acima de seis horas

( ) Outro:


7-
Você notou algum comportamento positivo na criança influenciada pelo desenho animado que ela assiste?

( ) Sim, respeito por outros amigos dela

( ) Sim, respeito por pessoas idosas

( ) Sim, passou a gostar de esportes e atividades físicas

( ) Sim, tem uma alimentação saudável

( ) Sim, outras boas influências

( ) Não, nenhuma influência positiva


8-
Você notou algum comportamento negativo influenciado pelo desenho animado que a criança assiste?

( ) Sim, violência

( ) Sim, palavrões

( ) Sim, desrespeito

( ) Sim, irritação no comportamento que antes era calmo

( ) Sim, outro aspecto negativo

( ) Não, nenhuma influência negativa

9- Você acredita que o desenho animado pode influenciar a criança de alguma forma?

( ) Sim, somente de forma positiva

( ) Sim, de forma positiva se houver controle de quanto ela assiste

( ) Sim, se houver controle de qual gênero ela assiste
( ) Sim, tanto de forma positiva como negativa mesmo com controle de tempo que ela assiste
( ) Não

10-
Você proíbe a criança de assistir algum desenho animado devido a possíveis influências negativas?

( ) Sim, desenhos de gênero violento

( ) Sim, desenhos que apresentem formas de desrespeito

( ) Sim, desenhos que satirizem qualquer religião

( ) Sim, qualquer desenho que não seja educativo

( ) Não


11-
Qual dos canais abaixo a criança costuma assistir os desenhos animados?

( ) MTV

( ) Discovery Kids

( ) Cartoon Network

( ) TV Cultura

( ) Outros

12- Você acredita que a quantidade de horas que a criança assiste desenhos animados influencia no seu interesse por leitura?

( ) Sim

( ) Não

( ) Depende o tipo de incentivo que ela tem a leitura

( ) Se houver controle dos pais no tempo que a criança assiste não tem influência

( ) Não posso afirmar com certeza


13-
Qual dos desenhos abaixo você não permitiria uma criança assistir?

( ) South Park

( ) Mr.pickles

( ) Simpsons

( ) Family Guy

( ) Todos

14-
Qual era ou ainda é seu desenho animado favorito?

( ) Thundercats

( ) Corrida Maluca

( ) Os Flintstones

( ) Caverna do dragão

( ) Outro


15-
Os desenhos animados influenciaram você de alguma forma seja comportamental ou outro aspecto?

( ) Sim

( ) Não




Fórmulas estatísticas:
                                    
                                   Desvio Médio:
 
 
                                       Desvio Padrão:
 
                                           Média:
 
                                         Mediana:
 
                                         Moda
 



6. GRÁFICO DE QUESTÔES

1-
 



COMENTÁRIO:

A maioria dos entrevistados tem contato com crianças de 3 a 6 anos de idade
Metade dos entrevistados tem contato com crianças de 3 a 9 anos de idade
 

2-



 COMENTÁRIO:

Apenas dois professores responderam o questionário

70% dos entrevistados aproximadamente são familiares e irmãos das crianças
 
 

3-
 COMENTÁRIO:

A maioria dos entrevistados estão entre 12 e 25 anos, pois os integrantes do grupo encaminharam mensagens para seus amigos que estão nessa faixa de idade. Apenas 2 pessoas entrevistadas estão entre 77 e 90 anos.
 







4-

 


 
COMENTÁRIO:
Apenas 3% dos entrevistados afirma que as crianças que tem contato não assistem desenhos. Podemos afirmar que os desenhos animados estão muito presente na vida das crianças até 12 anos

5-

 
 COMENTÁRIO:

Podemos concluir então que a maioria das crianças assiste Desenhos animados de gênero “Aventura”, e em segundo lugar, “Educativos”.



6-





  COMENTÁRIO:

45% dos entrevistados tem contato com crianças que assistem de uma a duas horas. Mais 70% dos entrevistados afirma que as crianças assistem de uma a quatro horas
 
7-



  COMENTÁRIO:
43% dos entrevistados afirmou notar uma boa influência pelo desenho animado na criança que tem contato. Apenas 1% dos entrevistados notou boas influências nas crianças quanto ao comportamento em relação aos idosos

8-

 COMENTÁRIO:
A maioria dos entrevistados afirmam não notar alguma influência negativa pelo fato de a criança assistir desenhos animados

Menos de 10 dos entrevistados alegam ter notado que a criança passou a proferir palavrões por influência dos desenhos que ela assiste

Aproximadamente 12% dos entrevistados notaram um aspecto negativo no comportamento da criança mas não violento.

9- 






 COMENTÁRIO:
A maioria dos entrevistados afirma que a influência pode ocorrer tanto de forma positiva quanto negativa.
Menos de 10% acredita que não exista nenhum tipo de influência na criança, por causa dos desenhos que ela assiste
Mais de 20% dos entrevistados acreditam que os desenhos animados só podem influenciar de forma positiva 

10- 



COMENTÁRIO:
A mesma porcentagem de pessoas que não proíbem por nenhum motivo, proíbem por conter violência.
A forma que menos influência é desenhos que satirizam qualquer religião.

A maioria que responderam o questionário acham que desenhos que satirizam qualquer religião não seja tão importante quanto outros gêneros.

11- 



COMENTÁRIO:

O canal de televisão que as crianças mais assiste é: Discovery kids
O canal de televisão que a criança menos assiste é: MTV
Os canais Cartoon Network e Discovery Kids mesmos sendo pago tem uma grande quantidade 

12-



COMENTÁRIO:
A maioria dos entrevistados acreditam que depende do incentivo recebido pela criança quanto a leitura

Apenas 8% dos entrevistados acredita ser necessário controle dos pais para o tempo que a criança assiste desenhos

13-



COMENTÁRIO:
A maioria dos entrevistados não permitem assistir todos estes desenhos
Apenas 8% dos entrevistados deixariam assistir o desenho Family Guy

14-





COMENTÁRIO:
Aproximadamente metade das pessoas que responderam a este questionário tem/teve outro desenho animado como o preferido.
Dos desenhos animados preferidos, Thundercats é o menos preferido.

Os Flintstones e Caverna do Dragão, encontram-se aproximadamente empatado.

15-



COMENTÁRIO:
Houve uma grande porcentagem de pessoas que afirmam ter sido influenciadas pelos desenhos animados.


7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bica Imagina. Desenhos animados: boa ou má influência. Julho de 2011. Disponível em <http://bica.imagina.pt/2011/desenhos-animados-boa-ou-ma-influencia/

Acesso em: 29/05/2016.

Estação Bebê. Como um desenho animado pode influenciar seu filho?. Junho de 2016. Disponível em <http://www.ebb.com.br/mostrar_dica.php?ref=399
Acesso em: 29/05/2016

Ana Lúcia de Oliveira. As crianças e a violência na televisão.

Acesso em: 29/05/2016